Estudo da Kaspersky realizado em conjunto com a consultoria de pesquisa de mercado Corpa em seis países da América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru) mostra que as maiores preocupações que os pais têm em relação à vida digital das crianças são, em ordem de importância: falta de atividades físicas, vício em jogos eletrônicos e baixo rendimento escolar. Outros fatores que inquietam os adultos são também assédio sexual, acesso a pornografia, ciberbullying, usurpação de identidade e divulgação de informações pessoais.
Quanto aos jogos online, o estudo mostra ainda que 14% das crianças brasileiras dedicam ao menos três horas por dia a esta atividade -terceiro mais alto entre os países pesquisados. O quesito é liderado pela Argentina (24% das crianças) e Chile (18%).
Das crianças brasileiras que têm o hábito de jogar na internet, 53% o fazem na companhia de outras pessoas, sejam conhecidas ou não. Neste tópico, o Brasil é mais uma vez o terceiro da região, atrás de Chile (63%) e Argentina (62%). Em quarto lugar está o México (51%), seguido por Colômbia (49%) e Peru (47%).
“Nos últimos anos, a internet se tornou o parque de diversões virtual dos nossos filhos, pois jogos e os vídeos no YouTube vieram substituir as brincadeiras com os amigos. Essa situação se acentua neste momento em que as escolas estão sem aulas presenciais e as atividades fora de casa são limitadas. Ao mesmo tempo, os pais estão ocupados trabalhando em casa e não podem supervisionar as atividades de seus filhos na web. Portanto, recomenda-se que eles, primeiramente, conversem com as crianças sobre os riscos de ciberameaças e que também expliquem o papel que a ferramenta de controle parental terá na adequação para esta nova realidade – destacando o equilíbrio necessário entre atividades online e offline e as regras que guiarão a navegação web dos menores”, explica Roberto Martínez, analista de segurança sênior da Kaspersky.
Sobre o quesito proteção, o estudo identificou que as medidas mais usadas pelos pais são limite no tempo de uso da internet (84%), educação sobre ciberataques (57%), acesso ao histórico de navegação (53%) e controle pessoal dos filhos enquanto navegam (32%).
Quanto ao uso de programas de controle parental, apenas um em cada três pais na região já recorreram a esta solução. O Brasil é o quarto país nesse quesito, com 29% dos adultos com essa ferramenta de proteção instalada nos computadores de seus filhos. À frente, estão Colômbia (39%), México (37%) e Argentina (32%). Na quinta posição está o Chile (25%), seguido do Peru (21%).
Proteja as crianças contra ciberameaças
- Converse com os filhos sobre os perigos existentes na internet;
- Participe das atividades online deles desde pequenos, para que sejam percebidos como “mentores”;
- Estimule conversas sobre a experiência dos filhos na internet, especialmente sobre questões que os possam ter deixado desconfortáveis ou ameaçados – como assédio, mensagens de conteúdo obsceno ou aliciamento;
- Defina regras claras e básicas sobre o que as crianças podem ou não fazer na internet e explicar o porquê;
- Peça aos filhos para que permaneçam vigilantes sobre a configuração das ferramentas de privacidade nas redes sociais, de maneira que suas mensagens fiquem visíveis apenas para amigos e familiares;
- Instale em todos os dispositivos com acesso à internet – PCs, smartphones e tablets – uma solução de segurança que inclua uma ferramenta de controle parental, como o Kaspersky Safe Kids, que filtra conteúdo inapropriado e que atividades seus filhos podem fazer online.