Muitas empresas estão adotando e/ou acelarando a tendência de adotar regimes de trabalho híbridos, em que os funcionários podem trabalhar remotamente alguns dias. No entanto, com isso também cresceu a importância de reforçar a proteção digital dos funcionários remotos. Ameaças e ciberataques também evoluíram com esse novo cenário, com ataques à cadeia de suprimentos. Porém, mesmo assim 53% dos administradores de TI acreditam que apenas o uso de “software conhecido e confiável” ajudará a manter sua organização protegida.
Pesquisa da empresa Acronis aponta que 57% dos gerentes de TI consideram que habilitar ou instruir os funcionários sobre como trabalhar remotamente foi um dos principais desafios do ano passado, e 50% citaram a necessidade de protegê-los. Outros 45% destacaram a necessidade de garantir a disponibilidade de aplicativos e redes de negócios.
A pesquisa foi realizada em agosto e setembro deste ano e envolveu 3,6 mil gerentes de TI e funcionários remotos em 18 mercados, incluindo Cingapura, Austrália, Índia, Japão, Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido. Os entrevistados de cada país eram 100 gerentes de TI e 100 funcionários remotos.
Quase 30% disseram que sua empresa é alvo de ciberataques ao menos uma vez por mês, enquanto 21% reportam ataques semanais e 20%, diários. Cerca de 20% acreditam que nunca foram alvo de um ciberataque. No outro extremos, quase 10% afirma que sua organização é alvo de um ataque a cada hora.
Phishing e ataques DNS
Os ataques usando e-mail com links maliciosos (phishing) foram as mais comuns, com 58% dos gerentes de TI afirmando que suas empresas observaram tais ataques ano passado, seguidos por 40% e 36,5% que citaram ataques DDoS (Negação de Serviço Distribuída) e malware, respectivamente.
Lidar com as ameaças cibernéticas aumentou a prioridade das ferramentas antimalware, com 73% dos gerentes de TI em todo o mundo apontando-as como ferramentas de segurança de negócios importantes, em comparação com apenas 43% no relatório do ano anterior. Outros 48% destacaram a necessidade de backup integrado e recuperação de desastres, enquanto 45% apontaram para avaliações de vulnerabilidade e gerenciamento de patches. Outros 36% priorizaram o monitoramento e gerenciamento remoto e 20%, ferramentas de filtragem de URL.
Com notícias de ataques à cadeia de suprimentos de terceiros, incluindo Kaseya e SolarWinds, mais de 50% dos gerentes de TI afirmam que o uso de “apenas software conhecido e confiável” protegeria sua organização contra tais ataques. Cerca de 25% disseram que recorreram a ferramentas antivírus e de detecção de endpoint e de resposta, enquanto 18% contrataram um provedor externo para proteger a organização contra ataques à cadeia de suprimentos.
Questionados sobre a autenticação de dois fatores (2FA), apenas 22% disseram que a usaram para todas as contas, enquanto 38% que fizeram o mesmo para algumas contas. Outros 30% disseram ter aproveitado o 2FA para a maioria das contas, enquanto 10,1% nem o usaram.
Entre os funcionários, 36,5% citaram o uso de VPN e outras medidas de segurança como o aspecto tecnicamente mais desafiador de trabalhar remotamente, de acordo com o estudo. A conectividade Wi-Fi, no entanto, foi o desafio técnico mais citado por 44% dos entrevistados, enquanto 27% apontaram para a falta de suporte de TI.
Em torno de 25% dos funcionários remotos admitiram não usar nenhum método 2FA, enquanto 38% o fizeram para algumas contas. Outros 21% utilizaram 2FA para a maioria das contas e apenas 15%, em todas as contas.