Nos últimos anos, muitas tendências desprezíveis surgiram na internet. Entre elas, provavelmente, a pior é a extorsão sexual. Embora o termo “extorsão sexual” seja datado de 5 de abril de 1950, aqui nós vamos nos referir à variedade online. Nessa forma de exploração sexual, os “predadores” obtém fotos ou vídeos explícitos de suas vítimas e ameaçam torná-los públicos a não ser que a vítima forneça algum favor, geralmente de natureza sexual.
A extorsão sexual ocorre de diferentes maneiras. Um cibercriminoso pode instalar um spyware no computador da vítima (ou em um dispositivo móvel) e ligar a câmera para tirar fotos ou gravar vídeos. A vítima também pode ser induzida, através de phishing, a baixar um malware que permitirá que o invasor roube o conteúdo sexual diretamente da máquina. Meu palpite é que o cenário mais provável envolva um ex-namorado(a) vingativo(a) que está ameaçando publicar imagens, vídeos ou mensagens que foram obtidas consensualmente. Finalmente, e esta é uma novidade para mim, hoje eu li uma reportagem sobre um homem que obteve essas imagens depois de roubar um laptop da casa da vítima. A história terminou em tragédia: a mulher se suicidou.
É claro que esse tipo de notícia é preocupante, porque qualquer um está suscetível ao roubo de um dispositivo e o caso ainda é pior se a vítima possui imagens comprometedoras no aparelho. Outra forma de extorsão sexual está relacionada com os casos de bullying entre adolescentes ou, pior ainda, casos de pedofilia e pornografia infantil.
É importante que tratemos deste assunto de maneira global, já que, para além da natureza do conteúdo que temos armazenados nos nossos dispositivos, todos estes terríveis casos têm como resultado o fato de que um cibercriminoso pode roubar nossa informação para utilizar contra nós, seja de cunho sexual ou não.
Sejamos honestos, todos nós temos algo que queremos manter em segredo, sejam fotos, vídeos, conversas, arquivos, etc. Todos nós temos algo para esconder e quem diz o contrário está mentindo ou não tem nada que o comprometa.
Esta é uma das principais razões pelas quais devemos sempre tomar todas as medidas necessárias para proteger os nossos dados. Aqui no blog da Kaspersky falamos muito sobre como fazer backup em dispositivos, a fim de que não percamos nossas informações, mas isso é apenas uma parte da proteção de dados. Precisamos também assegurar que os nossos dados não sejam roubados.
Vamos pensar nestes casos, um por um e ver se há uma maneira de evitar que a nossa própria informação seja usada contra nós. Primeiro e mais importante: o melhor a fazer é não armazenar qualquer informação que pode ser usada para prejudicá-lo, apesar de entendermos que isso é mais fácil falar do que fazer. No entanto, se você tem informação pessoal confidencial, considere proteger os dados com uma senha ou colocá-lo em um disco rígido externo.
Evitar que um ex-parceiro fale mal de você é quase impossível. No entanto, o que você realmente pode fazer é evitar que essa pessoa (ou qualquer outra) instale um malware ou spyware na sua máquina. É muito simples, basta seguir esses passos: instale uma solução de segurança eficiente; Não acesse links suspeitos que você recebe por e-mail; Tenha cuidado com os sites que você visita; Assegure-se que o seu sistema operacional e todos os softwares que você utiliza estão atualizados; Não deixe seu computador em lugares públicos e não conecte unidades de memória desconhecidas nos seus dispositivos.
Se roubarem seu dispositivo, é muito importante que você conte com as ferramentas de rastreamento e limpeza remota instalados nos seus dispositivos. O iCloud da Appel oferece algumas opções ótimas para os usuários do Mac e iOS. O Kaspersky Internet Security para Android também tem ferramentas excelentes para estas situações. Para os usuário de Windows, a ferramenta Intune faz o mesmo.
Nos últimos anos, muitas tendências desprezíveis surgiram na internet. A mais desprezível é a extorsão sexual.
Tweet
Tradução: Juliana Costa Santos Dias