A pandemia forçou a todos, desde crianças até avós, a adotarem tecnologias para realizarem as atividades que antes eram feitas presencialmente. Esta mudança afetou não apenas o trabalho e a aprendizagem, mas também o entretenimento e como compramos os produtos básicos, sejam relacionados à alimentação, limpeza ou medicamentos. Esta grande exposição online das crianças causa incomodo a 43% dos pais brasileiros, de acordo com o relatório “Mais conectados do que nunca: como estabelecemos nossas zonas de conforto digital“, realizado pela Kaspersky. Neste contexto, os especialistas da empresa querem incentivar a todos a reavaliarem os hábitos online e a realizarem uma “desintoxicação digital” para reconectar todos os entes queridos, agora que as medidas de confinamento estão ficando mais brandas.
Sobre os hábitos online durante a pandemia, o estudo da Kaspersky mostrou que 77% dos pais brasileiros afirmaram que, nos últimos 12 meses, seus filhos passaram mais tempo online. Uma minoria – 19% deles – reconheceu que se apoiaram na tecnologia para manter as crianças ocupadas enquanto eles trabalhavam ou lidavam com os afazeres de casa. Embora a situação tenha exigido essa “solução”, quase metade dos pais também estão preocupados com a exposição prolongada de seus filhos à Internet.
“A internet mostrou que é uma ótima aliada e pode ser muito versátil, mas a regra que diz que tudo em exagero faz mal mostrou-se real. Como pai, senti que a falta de interação social e atividades fez com que os jovens ficassem mais irritadiços e ansiosos, alguns deles inclusive tendo reações mais intensas. E acredito que a melhor maneira de gerenciar esta situação agora é realizar um certo ‘detox’ – ou seja, intensificar atividades externas para que sobre pouco tempo para o digital. Claro que me refiro a um processo gradual, pois cidades, estados e países estão com regras distintas”, afirma Fabiano Tricarico, diretor de venda para consumo da Kaspersky na América Latina.
Para a desintoxicação digital, é necessário deixar os dispositivos eletrônicos de lado por um tempo e realizar atividades, como passeios ao ar livre, exercícios físicos ou atividades culturais. Além disso, esses momentos offline são ideais para reavaliar os hábitos digitais da família, como reestabelecer novos parâmetros para o uso da tecnologia. Aqui, os especialistas destacam que não se referem apenas ao tempo conectado, mas também destacam a forma como ela é usada: devemos criar senhas únicas e fortes para manter os serviços online protegidos, ofertas e promoções devem ser checadas antes de informar dados pessoais ou o número do cartão de crédito em um site desconhecido ou suspeito e programas e conteúdos digitais devem ser baixados apenas em sites confiáveis. E para gerenciar todas as atividades online da família, avalie o uso de uma solução de segurança com funções de gerenciamento parental.
Outro tema interessante de avaliar é a relação dos mais velhos com a internet. Eles foram o grupo mais afetado pela pandemia e a que tem mais dificuldade com a tecnologia. Tanto que o estudo da Kaspersky e da B2B International mostrou que 44% dos internautas têm parentes idosos que já foram vítimas de golpes online – sendo as fraudes (15%) as mais comuns.
“Muitos gadgets ficam sem uso, pois os mais velhos não sabem o que precisa ser feito para ligar e começar a usar um novo celular, tablet ou assistente pessoal. Por isso que muitos netos se tornam a assistência técnica predileta deles. Mas quando falamos em segurança digital, os jovens podem não podem ter o conhecimento necessário. Sugiro que avaliem as soluções de proteção e avisem quando algo suspeito surge e o uso dos programas de controle parental como cuidadores digitais para poder ter algum acesso às atividades a fim de orientar o uso correto da internet”, sugere Tricarico.
A desintoxicação digital faz parte da campanha de conscientização “Explorando nossa vida digital” que tem como objetivo para esclarecer a importância da segurança digital em nossas dia-a-dia. Para ver mais sobre outros aspectos, acesse nosso blog.