Convenhamos, não dá para escapar das notícias a respeito de ransomware. A escória da Internet passou a receber muito mais publicidade a partir do momento que chegou aos EUA. Embora esses vírus sequestradores não sejam novos, recentemente eles começaram a ter como alvo hospitais, serviços públicos e policiais, ganhando notoriedade na mídia. Afinal, notícia ruim vende.
Apesar do fato de que grandes empresas e governos locais se tornaram alvos prioritários, isso não significa que são os únicos que tem de se preocupar. Usuários individuais, como nós, também podem estar em risco. Armazenamos nossa vida digital inteira em nossos dispositivos e estaríamos perdidos sem eles. A verdade é que quem se torna vítima desse tipo de vírus tem tendência de pagar o resgate.
Na Kaspersky Lab, sugerimos que os usuários busquem se proteger de ameaças, ao invés de ter que pagar o resgate aos criminosos. Sabemos que os bandidos estão sempre à procura de novas formas de colocar as mãos no dinheiro de trabalhadores honestos.
Então, o que alguém pode fazer para evitar fazer parte da porcentagem de vítimas? Para responder essa pergunta, conversei com Ryan Naraine, diretor da Equipe de Análises e Pesquisas Globais da Kaspersky Lab, o GReAT, na sigla em inglês.
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Faça backups e proteja seus dados
Nunca é demais reforçar a importância de fazer backups de seus dados. Vivemos em uma era digital na qual armazenamos virtualmente desde fotos de casamentos até vídeos dos primeiros passos de nossos filhos. Se algo der errado com seu dispositivo, você perderá suas preciosas lembranças. É importante fazer backup não só na nuvem, mas em uma mídia física – HD externo, pendrive, entre outros – que seja
No caso de ransomwares, a manutenção offline é realmente importante. Se seu backup estiver conectado seja por um cabo USB ou por algo como o Dropbox, os vírus podem infectá-los.
Instale patches e atualize regularmente
Os seus dispositivos não param de solicitar autorização para atualizar programas ou aplicativos? Se você é do tipo que protela a instalação de atualizações, está na hora de mudar seus hábitos.
Fora o fato de atualizar a interface do programa ou alguma funcionalidade importante, essas patches tendem a corrigir vulnerabilidades conhecidas. Por mais que pareça uma chateação instalar a última versão do Windows ou do Java, negligenciar pode resultar em uma brecha para hackers que procuram explorar esse tipo de vulnerabilidade.
Tenha uma solução de segurança
No que diz respeito a segurança, você provavelmente se encaixa em uma das três opções. Você acredita que antivírus não fornecem qualquer utilidade; Você acha que vírus são um problema exclusivo de PCs, e que nada no mundo atingirá seu precioso Mac; uu faz questão de ter soluções de segurança em todos os seus dispositivos.
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Se você se encaixa em uma das duas primeiras situações, chegou a hora de repensar seu posicionamento. Quando um malware ou ransomware possui uma assinatura específica, soluções (como o Kaspersky Total Security) podem impedir que você clique em links ou abra arquivos maliciosos. Nossas pesquisas mostraram que não apenas Macs, mas também celulares, são suscetíveis a ransomwares.
O risco ao redor de dispositivos móveis pode ser ainda maior dada a quantidade de informações pessoais, aplicativos financeiros e memórias digitais neles armazenados.
O que posso fazer se um ransomware me pegar?
No geral, não sugiro que você pague o resgate. Existem diversas ferramentas por aí que podem ajuda-lo a desencriptar certas variantes de ransomware. A Kaspersky Lab sugere algumas ferramentas úteis e gratuitas para usuários vítimas das campanhas CoinVault e Bitcryptor, e até mesmo do recente CryptXXX.
Existem outras soluções de diversas empresas na área de segurança. Com um pouco de pesquisa você pode acabar economizando caso exista uma cura gratuita conhecida.
E depois?
Quando a GReAT fez suas previsões para este ano no Securelist, meu colega Juan Andrés Guerrero-Saade disse o seguinte:
“Espera-se que os ransomwares ganhem espaço não só na forma de banking Trojans, mas que eles também migrem para outras plataformas. Tentativas pouco expressivas de se trazer esse malware para celulares e Linux já foram vistas, contudo a plataforma mais desejável deve ser o OS X. Nossa previsão é que não só cheguem aos Macs, mas cobrem preços especiais nesses casos. A longo prazo, existe a possibilidade de alcançarem a Internet das coisas -o que levanta a pergunta, o quanto você estaria disposto a pagar para ter sua TV de volta? Sua geladeira? Seu carro?”.