Nos últimos 20 anos, os computadores progrediram de mainframes do tamanho de prédios para smartphones que cabem no seu bolso (e se tornaram infinitamente mais capazes de inicializar ), apesar disso, nós utilizamos as senhas exatamente da mesma maneira que fazíamos no final da década de 1980 e início da de 1990. E, possivelmente, usamos algumas das mesmas senhas também.
Isso pode finalmente mudar nos próximos anos. As tecnologias biométricas, como reconhecimento de voz e facial, estão ganhando cada vez mais adeptos no mercado (fora dos filmes de James Bond e Homeland), e pesquisadores e empreendedores estão trabalhando duro no desenvolvimento de novas maneiras para os usuários se identificarem para seus dispositivos.
Vamos dar uma olhada em 10 tecnologias biométricas em desenvolvimento atualmente que podem não ser tão improváveis quanto parecem.
- O teste de olfato: em 2009, a partir do desejo de aprimorar “a capacidade de identificar indivíduos que podem ter o objetivo de causar danos à nação”, o Departamento de Segurança Nacional dos EUA examinou maneiras de usar o odor corporal como um método para identificar pessoas de forma exclusiva, uma vez que, ao sofrer alteração, pode ser usado como evidência de fraude.
- Jeito de andar: pesquisadores japoneses descobriram que, com o uso de imagens 3D, o jeito de andar de uma pessoa pode ser usado para identificá-la corretamente 90% do tempo. Além do mais, o modo como um pé descalço interage com o chão demonstrou identificar corretamente os indivíduos 99,6% do tempo. Isso poderia ajudar os funcionários de segurança aeroportuária na identificação de viajantes enquanto eles atravessam a linha de segurança usando meias.
- Assinatura de pressionamento de teclas: o conteúdo da sua senha pode não ser sua única característica importante – os pesquisadores descobriram que a análise da velocidade e do ritmo com os quais os usuários digitam aumenta a confiabilidade da autenticação.
- ‘Impressão digital cognitiva’: talvez a Agência de Projetos de Pesquisa de Defesa Avançada (DARPA) do governo dos EUA seja a instituição que mais considere ultrapassado memorizar senhas alfanuméricas longas. A agência está desenvolvendo um conceito denominado “impressão digital cognitiva”, que deverá combinar táticas, como verificações de retina, pressionamentos de teclas e até mesmo análise de comportamentos de navegação on-line para autenticação contínua dos usuários.
- Análise das veias da palma das mãos: as lanchonetes escolares nem sempre estão na vanguarda de algo, mas um distrito escolar na Flórida mudou isso ao usar leitores de veias da palma das mãos para reconhecer os alunos durante o pagamento de seus lanches. O novo sistema substitui os cartões de acesso e PINs por scanners de luz quase infravermelha que não exigem nenhum contato físico com as mãos dos alunos. Agora, se eles puderem modernizar o cardápio também será ótimo…
- Identificação de movimento: pesquisadores na Universidade de Cornell realizaram a engenharia reversa de um Microsoft Kinect para identificar certas atividades domésticas comuns, como cozinhar e escovar os dentes. Seu objetivo é usar esse tipo de tecnologia de reconhecimento de movimento nas casas inteligentes ou em robôs assistentes pessoais do futuro, embora os críticos condenem isso como demasiado invasivo e uma prova definitiva de que os videogames serão a ruína da sociedade.
- Identificação de tipo de nariz: as verificações da íris podem constituir a maneira mais precisa de usar o rosto humano como um método de identificação, mas uma equipe de pesquisadores na Universidade de Bath no Reino Unido teve uma ideia – e se não forem? Eles usaram um programa chamado PhotoFace para analisar o nariz humano e categorizar os perfis de seus sujeitos em seis tipos principais: romano, grego, núbio, falcão, arrebitado e dobrado. A vantagem da pesquisa é que é muito mais difícil ocultar o nariz humano do que os olhos. A desvantagem é que a verificação de nariz é, de fato, muito menos precisa do que a verificação da íris.
- Autenticação de retaguarda: equipe de pesquisadores japoneses desenvolveu um sistema que usa 400 sensores em um assento para identificar os contornos e os pontos de pressão da retaguarda humana. O autenticador de traseiros, que os pesquisadores afirmam ser 98% preciso, pode ser aplicado, por exemplo, como um dispositivo antifurto nos carros.
- Informações auriculares: descobriu-se que a orelha humana não serve apenas para proteger sua cavidade auditiva. Pesquisadores desenvolveram um sistema que mede a estrutura tubular do interior da orelha e a forma elíptica do exterior para criar uma ‘impressão auricular’ exclusiva que supostamente tem precisão de 99,6%.
- Teste de DNA: o teste de DNA é praticamente infalível como identificador biométrico, mas não se tornou parte de nosso cotidiano porque é um processo caro e demorado. No entanto, cientistas estão trabalhando duro para desenvolver maneiras de tornar o processo mais barato e mais rápido.