Stalking
O Dia dos Namorados está chegando, e questões relacionadas à dinâmica dos relacionamentos, como comportamentos inadequados e perseguição (stalking), intensificados pela internet estão em alta.
Uma pesquisa feita pela Kaspersky revela que 28% dos brasileiros já foram assediados por alguém que acabaram de conhecer, enquanto 18% relataram ter recebido e-mails, SMS ou mensagens indesejadas em redes sociais de alguém com quem já saíram.
Como mostrado pela personagem Martha na nova série “Bebê Rena” (Netflix), que aborda o stalking e ganhou popularidade recentemente nos streamings, um agressor pode utilizar um computador ou qualquer outro dispositivo para assediar sua vítima. Entre as ações associadas à perseguição digital estão avanços sexuais, ameaças ou comentários degradantes nas redes sociais, como no enredo da série.
No ambiente digital, muitas informações pessoais são divulgadas publicamente, tornando desnecessário o uso de ferramentas profissionais para que um perseguidor acompanhe a vida de sua vítima. A série mostra, por exemplo, que uma simples postagem em páginas de promoção de emprego pode disponibilizar ao stalker informações valiosas, como número de telefone e endereço.
Infelizmente, o acesso à vida digital de alguém frequentemente se estende à vida offline, incluindo dados de familiares e amigos. Embora a liberdade de postar na internet seja um direito de todos, é crucial estar ciente dos riscos para saber lidar com situações inadequadas. O stalking é um problema moderno e ainda pouco conhecido, podendo levar a abusos psicológicos, econômicos ou físicos.
Com o aumento das interações online, especialmente em datas comemorativas como o Dia dos Namorados, a conscientização sobre a segurança digital se torna essencial. Ficar atento a comportamentos suspeitos e proteger suas informações pessoais são passos importantes para evitar situações de risco.
“A exposição exagerada aumenta os riscos, pois se alguém quiser fazer algo ruim, terá muitas informações pessoais públicas sobre o indivíduo. O recomendado é definir um limite possível, mesmo para quem trabalha na internet. Agora, nada que está publicado na internet justifica um crime. Caso você receba mensagens indesejadas de maneira persistente, saiba que isso esse crime já está previsto em Lei (14.132/21) e procure a polícia e um advogado. Recomendamos que não apague nenhuma mensagem até registrar a reclamação, pois elas servirão de provas”, comenta Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina.
Dicas de Cibersegurança para se proteger de assédio online
Para ajudar os usuários a se protegerem de comportamentos inadequados e até cyberbullying, nossos especialistas compartilham quatro lições inspiradas na série sobre stalking:
Reconsidere os dados pessoais que você compartilha:
- Omita informações sensíveis nas redes sociais, como data de nascimento ou nome da empresa em que trabalha.
- Nunca compartilhe seu número de telefone ou endereço residencial em ambientes digitais.
- Use detalhes de contato (e-mail e telefone) exclusivos para trabalho e outros para assuntos pessoais.
- Evite estranhos nas redes sociais.
Torne seus perfis privados e controle quem pode ver suas publicações.
- Revise suas configurações de segurança para impedir o acesso a suas fotos, localização, hobbies ou círculo de amigos e familiares.
- Ao interagir com alguém novo, estabeleça limites sobre as informações que você compartilha e só revele assuntos pessoais conforme a confiança se desenvolve.
- Proteja seus dispositivos.
- Utilize uma solução de segurança confiável, como o Kaspersky Premium, que oferece proteção contra malware, uma VPN rápida e ilimitada e pode detectar ameaças em qualquer lugar.
Se você for vítima de assédio, reúna as provas e denuncie:
Não brinque com o stalker. Salve todos os e-mails, postagens, ligações e qualquer outro tipo de interação onde ele tenha te ameaçado ou incomodado. Reunir todas as informações em detalhes irá ajudá-lo a se aproximar das autoridades competentes, denunciando o crime tanto em delegacias comuns quanto em especializadas espalhadas pelo país. Confira o guia para quem suspeita ser vítima de perseguição (stalking).
